OBJETIVO: avaliar em curto tempo de exposição às respostas fisiológicas de Salvinia auriculata Aubl. sob diferentes concentrações de Cu. MÉTODOS: as plantas foram expostas a tratamentos com 0,0; 0,01; 0,1; 1 e 10 mM de Cu em um período de 2 dias. Em seguida foram avaliadas variáveis de desenvolvimento de S. auriculata (peso, pigmentos fotossintéticos e carboidratos solúveis), peroxidação lipídica (malonaldeído, aldeídos e extravasamento de eletrólitos) e produção de antioxidantes (antocianinas, carotenóides, flavonóides e prolina). RESULTADOS: Foram verificadas reduções das massas frescas nas concentrações acima de 1 mM de Cu. A clorofila a reduziu com o aumento da concentração de Cu, diferentemente da clorofila b. A razão clorofila a/clorofila b foi alterada, devido à degradação dos pigmentos fotossintéticos. As reduções dos carotenóides foram mais acentuada do que a de clorofila total. Os valores de extravasamento de eletrólitos variaram de 14 a 82 % e peroxidação lipídica de 7 a 46 nmol.g-1. Flavonóides e carboidratos solúveis mostraram reduções com o aumento da concentração de Cu. Antocianinas, compostos fenólicos e prolina quando submetidas a 0.1 mM de Cu apresentaram aumento, sugerindo adaptabilidade da planta ao estresse causado diretamente pelo metal e espécies reativas de oxigênio. Nas concentrações superiores, possivelmente, ocorreram degradação e/ou modificações diretas destas moléculas. CONCLUSÕES: Os dados sugerem que S. auriculata é provida de um mecanismo eficiente contra estresse causado por Cu na concentração de 0.1 mM. Já nas concentrações mais elevadas (1 e 10 mM), apesar de seu papel como micronutriente, Cu foi tóxico para a planta devido ao comportamento redox deste metal, que leva à formação exacerbada de espécies reativas de oxigênio, induzindo danos severos como degradação de membranas biológicas e desnaturação protéica.
AIM: To evaluate, in a short-time exposure, the physiological responses of Salvinia auriculata Aubl. under different concentrations of Cu. METHODS: The plants were exposed to treatments with 0.01, 0.1, 1 and 10 mM of Cu in a period of 2 days. Then development variables of S. auriculata (weight, photosynthetic pigments, and soluble carbohydrate), lipid peroxidation (malondialdehyde, aldehydes, and electrolyte leakage) and production of antioxidants (anthocyanins, carotenoids, flavonoids, and proline) were evaluated. RESULTS: It was observed fresh weight reductions in concentrations above 1 mM of Cu. Chlorophyll a decreased with the increase of Cu concentrations unlike chlorophyll b. The ratio chlorophyll a / chlorophyll b was changed due to the degradation of photosynthetic pigments. The reductions of carotenoids were more pronounced than that of total chlorophyll. The values of electrolyte leakage ranged from 14 to 82 % and lipid peroxidation from 7 to 46 nmol.g-1. Flavonoids and soluble carbohydrates showed reductions with the increase of Cu concentration. Anthocyanins, phenolic compounds, and proline when subjected to 0.1 mM of Cu had increased, suggesting adaptability of plant stress caused directly by metal and reactive oxygen species. In higher concentrations, degradation and/or direct modifications of these molecules possibly occurred. CONCLUSIONS: The data suggest that S. auriculata is provided with an efficient mechanism against stress caused by Cu in the concentration of 0.1 mM. As for higher concentrations (1 and 10 mM), despite its role as micronutrients, Cu was toxic to the plant due to the redox behavior of this metal, which leads to the exacerbated formation of reactive oxygen species, inducing to severe damage such as biological membrane degradation and protein denaturation.